domingo, 8 de junho de 2008

toda minha sombra

toda minha sombra sobra
toda minha sombra assopra
toda minha sombra no sopro
o seio solto, o seio moreno
o seio pendido, o seio partido, pisado
o seio selado, suado, vendido
o seio-sopro
o solto, o selo, o sonho, o salto.
toda minha sombra senta
toda minha sombra sua
toda minha sombra sobre
as paredes de memória mentiras
as paredes de outrora, caídas
as verdades em diários
as verdades nos armários,
os objetos que restaram
os seios.
o perfurar do olhar na fotografia
com o encontro da minha sombra
no passado, pesado.
Sobra.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

segunda-feira, 2 de junho de 2008

AMOR E GUERRA


Arte da sensação. Do estranhamento, à fragmentação nossa mais sincera saudação. Bem-vinda imagem, bem-vinda poesia, há que dizer do estranhamento de estar com você, há que dizer da supressão do frame, a pele agora é magnética, e a gente escreve sobre ela nosso testamento-eternidade, a de-forma de verdade, representação de sonho, de uma época, de um maio 68 que hoje é junho de 2008, somos contemporâneos do que ficou. Ficamos e restamos na imagem, na reconstrução da imagem, que colide com a poesia nova.
Ator de nossa fome, de nossa vontade, criação coletiva, acabamento coletivo, o êxtase é nosso, todo nosso vício, nosso medo, toda nossa estranheza. Implica em amar. Implica em amor.