sábado, 29 de dezembro de 2007

tudo é questão de tempo

O tempo pra amadurecer opiniões, questões pendentes, inimizades, libidos. O tempo no porta-retrato a retratar um desejo: voltar o tempo e acabar de vez com essa obsessão pelo seu tempo. O tempo como forma de atemporalizar alguém, tirar do real, e pô-lo numa acronologia estupidamente fria, é bem isso, fria. O tempo que se faz pensar, o tempo protagonista de tudo de dentro do HOMEM. É o mocinho e o vilão desse tempo. E sem tempo, a gente se envolve num cobertor de ausências, cru, e morrer.
Quero envelhecer bem.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

O Eclipse

escurece
o que há entre eu e você
que se aquece e se esquece
de ser e permanecer dois?

enlouquece
a face vermelha tivesse
beijos marcados de um batom barato
você é um barato, e eu vejo o que em nós anoitece.

caísse
dor de um amor velho,
no museu que expusesse
o seu músculo, coração estilhaçado,
para ver que eu sou um bandido
um touro que quiçá fizesse toureiro caído,
machucado e aturdido.

quisesse
esquecer tudo, eu e você
mas não talvez merecesse
à mercê de nós dois
um e outro nos permitir depois.

Você me viesse dizer
que o amor em nós dois
é agora apoteótico e caótico:
vamos nos arrumar.

Entra já pela porta
não faça barulho
zombe minha face
mexa no meu cabelo
depila meu pêlo
nu a frio me deixa no chão
cubra a noite de longos suspiros,
espirros, tira o gato daí,
eu vou me deitar em você;

Reveja o porta-retrato no armário
escárnio do passado que não deu certo

de certo
você não voltaria

sábado, 15 de dezembro de 2007

sem sombra

Fecha o cerco. O circo de horrores ainda está de pé. Você sabe qual é o nome da doença quando se acha que é perseguido, falido, indesejado, mal amado, traído e hereditariamente um fiasco de ser humano? Como se chama e se cura? Como se cura, doutô.
Fecha o circo. O circo de horrores chegou na cidade, e o que se tem a fazer é fitar as fitas que pendurei no varal, fitas coloridas, ver o tempo passar, as nuvens passarem, os pássaros pisarem. Ver. Fecha o cerco, o sol invade minha cara, quando eu tava dormindo, o sonho era tão bom. Realidade de mau humor. Dirigir de mau humor. Ser um mau humorado do caralho, e as formigas invadindo o teclado, eu engoli depressa o almoço pra depois à tarde não ser mais, dormir e dormir, nem acordar, o homem sem sombra.
quero o filme mais bonito que há na minha tevê e eu rever tudo de bonito e não ficar nessa coisa de não ser, e também não ser outro, mas ver o bonito no que é pequeno e simples e real.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

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ADEUS CONFIANÇA

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

(sem título)




une femme est une femme

acabaram os trabalhos, graçasadeus. Começa o marasmo. Fui ver "une femme est une femme", comprei uma pipoca grande, e me diverti. Hoje estou com vontade de relatar coisas, sem florear muito. Tá tudo arrumado na sala, as malas, os cds empilhados, amanhã bem cedo volto prá Birigüi. Hoje mandei o trabalho sobre Pasolini prá Josette, ela nem vai gostar, mas quer saber, foi nas coxas! A Juliana e a Cheiko já se foram. Hoje na aula de francês a professora mais do que nunca desandou a falar de suas viagens a Paris, eu achei divertidíssimo, Cheiko odiou. Depois fui devolver Império dos sentidos na locadora, Juliana que gravou, nem quis ver, tinha cena de castração, e japonês pelado, hahaha. Acabaram os trabalhos, e eu nem comprei o cd da Maria Odete. Vai saber Deus quem é Maria Odete, mas hoje baixei um da Maria Creuza, e tô de olho no da Maria Medalha. Vixi Maria, quantos nomes compostos com Maria! CANSEI DE ORKUT. CANSEI DE SORVETE DE CHOCOLATE E DE PASSEAR PELAS RUAS DE SÃO CARLOS. CANSEI DO CARLOS. Fui ver "une femme est une femme" e quase comprei "O bandido da luz vermelha" na livraria cultura, mas preferi não comprar nada. De Natal vou pedir um beijo.