terça-feira, 31 de julho de 2007

Rosas Rebeldes Não Exalam Perfumes

u know i´m such a fool for u


Certas Caretas jamais bastariam, e uma grande vontade de me mostrar tolo, todo tolo, palhaço, bobo da corte, um embriagado, enrubecido, vergonhazinha, sabe. Felicidade.
Você sabe que eu sou um pouco tolo por você.
Danço sozinho com cabos de vassouras, espanto pássaros, ainda sorrio para o céu.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

não chora, neném


mamadeira, de mamãe, faminto bebê descansa a responsabilidade de ser bebê, criança de mãos dadas na ciranda de uma grande brincadeira. Corpo volúvel, mãozinhas de "eu ainda não sei crescer" e a pequenez em todo corpo, todo o resto do corpo.
O bebê triste engatinhava num cercadinho singelo, brinquedos coloridos, chupeta rosa, um bocado de chocalhos, nuvens no céu, para se andar, o bebê estava fatigado, o olhar de sono e de choro se misturava à chuva por cair, um pouco mais e caía o sono, um pouco mais, adormecia ali mesmo, e como tabefe, o bebê pôs-se a repousar, subita e instantaneamente, passou a tarde inteira assim, deixando de lado pernas de bonecas arrancadas com voracidade de criança, carrinhos minúsculos que poderiam descer esôfago abaixo, cruz-credo. Adormece o bebê triste, amordaçado pela pequenez física e anjo como quando voa nos sonhos e na imaginação de ser grande. UM GIGANTE, enfim.

quarta-feira, 25 de julho de 2007


Reparei nas pernas pesadas inquietas e gatos famintos, ratos soltos, que importa, um pouco de sol um pouco de chuva, nada mais inconstante e dúbio que o sentimento do medo. O medo dos caminhos com essas mesmas pernas de trombose, pernas de salto, trombetas no corredor de madeira, toc, toc, toc, toc, cadenciado com um movimento trêmulo: o medo.
Medo meu senhor, de ser assassinada, sabe lá deus, ou ser descoberta como a mulher mais infeliz do quarteirão, sabe lá deus, ou de, ainda, verem nos escritos dela, um ai, de sofrimento, ou um ai de vou-me embora, mas suas pernas pesadas impediam.

HUSDHDSDSM



dfg




t

terça-feira, 24 de julho de 2007

pode ser


pode ser
mas a gente não cresce
a gente segue, então.

só bem depois



pode ser que a gente cresça
e um dia veja na árvore da memória
nossas infantis brincadeiras de ser
eu quero ser... eu quero ser...
astronauta, cineasta, dona de casa,
marido, vendedor de chups chups
dono de pastelaria, manequim
o que você quer ser, Karen
longe de mim?

pode ser que a gente cresça
ela toca desafinadamente o violão da saudade
depois guarda-o delicado na estante do passado
e assim revemo-nos cotidianamente, presente!

sumo da cidade

febril febril febril febril febril febrilfebril febrilfebril febrilfebril febril
LUZES DA CIDADE

recostado ao tronco, vejo o céu parir a lua
de longe cidades minúsculas ante ao meu desalento
sumo no mato, no ato em que escrevo
nem me recordo mais, se sou terra ou cimento.



quinta-feira, 19 de julho de 2007

P

pode e não pode
pôde podia pudera
per por pôr
pedir e permanecer
podendo perder primeiro
primaveras perfuradas
penduricalhos nos galhos
por dentre pêlos
pesadelos e penugem
de pássaros, pardais perdidos
problemas para pessoas podadas
perduram pesados Pes.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Sujeito e verbo

és meu sujeito, existente e bem existente, por sinal
o verbo posto a ti pode ser o amar, desejar ou o estar?
por mais incerta conjugação
erro de gramática
pretendo conjugar em ti o permanecer
e se for pouco, ou muito, eu não cedo
ainda é cedo para finalizar a descoberta
tu és, você é uma caixinha incerta
na minha estante, cabeceira,
só tenho certeza do que fazes comigo tu
do que faz você, esse rebuliço
essa felicidade de um sujeito + verbo + objeto
tudo igual a um substantivo tão usado
AMOR

num dia de inverno ou com você subo às estrelas e não retorno


pés gelados

corações quentes

e um grande amor

terça-feira, 17 de julho de 2007