segunda-feira, 30 de julho de 2007

não chora, neném


mamadeira, de mamãe, faminto bebê descansa a responsabilidade de ser bebê, criança de mãos dadas na ciranda de uma grande brincadeira. Corpo volúvel, mãozinhas de "eu ainda não sei crescer" e a pequenez em todo corpo, todo o resto do corpo.
O bebê triste engatinhava num cercadinho singelo, brinquedos coloridos, chupeta rosa, um bocado de chocalhos, nuvens no céu, para se andar, o bebê estava fatigado, o olhar de sono e de choro se misturava à chuva por cair, um pouco mais e caía o sono, um pouco mais, adormecia ali mesmo, e como tabefe, o bebê pôs-se a repousar, subita e instantaneamente, passou a tarde inteira assim, deixando de lado pernas de bonecas arrancadas com voracidade de criança, carrinhos minúsculos que poderiam descer esôfago abaixo, cruz-credo. Adormece o bebê triste, amordaçado pela pequenez física e anjo como quando voa nos sonhos e na imaginação de ser grande. UM GIGANTE, enfim.

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