sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

O homem moderno dissipado após uma crise de sentimentos, ou então, a sentimentalização do seu relógio, ele ficou prá trás.

tudo é mudo.
toda sua expressão emudeceu
toda sua feição embraqueceu
e eu me tornei refém da sua vacuidade.

tudo é o todo branco no seu corpo
e a gente se despede da pigmentação de sua fala
a gente tropeça no estranhamento que me causa o seu discurso
e tudo continua anulado em seus beijos embebecidos de nó.

os seus olhares que é que são?
novas formas de constelações mortas
e rosas em roseiras arrancadas por um jardineiro vil.

o que eu estou te falando é que você é feito de cor sépia
o furta-cor das suas mãos já não toca mais nada
e você, homem niilista foi engolido por palavras sem valor
e tudo ao seu redor é nada...

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