quinta-feira, 27 de março de 2008

a mise-en-scène casual

Perdi-me nos antros de um desejo que me envolve cabeça e coração. Tudo que vier depois é mentira. Tudo que estiver aquém é mentira. Tudo que quiser ser não quererá, e eu e você nos bairros escuros, nos atos obscuros, nas palavras reticentes, tudo da gente não mente. Há um riso e uma facada, há um nada e um tudo, há o querer que se põe a querer e a querer quer-se pôr, supor estarmos juntos, supormo-nos juntos, pormo-nos juntos no pôr-do-sol. Solares abraços, abraços embaraçados em meados de uma conversação finita pelo tempo, infinita na revivência, e na convivência do meu quotidiano eu me estranho quando não penso, é comumente sabido minha falha, mas é incomum e espantoso o meu acerto. E nada de certo me põe a falar assim, a agir assim. Já me perdi em tantos. Já desejei tantos. Em tantos senti-mentos, em tantos medos e solidões, tudo que há não há na minha memória emotiva, estou readaptando-me ao porvir inseguro, ao futuro de quê? Você está na boca de cena. Você está com o texto, a palavra, e o improviso nosso será o que diante de tanta gente? Quero mergulhar no nada e reviver o tudo quando me for permitido...o retorno da vida.

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